quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Livro de negócios - A bola não entra por acaso.

Imagem: submarino.com.br
Quando peguei esse livro, em uma biblioteca de Salvador, já conhecia um pouco da história que o autor traria. Apaixonado por futebol como sou, já conhecia a fama do Barcelona. Equipe da primeira divisão do futebol espanhol, e uma das maiores potências do mundo.

Não bastasse isso, é uma equipe que joga bonito. O toque de bola envolvente encanta até quem não é muito fã  de futebol. Mas, por trás disso tudo, há uma história e um planejamento desenvolvidos.

E no livro A bola não entra por acaso (La pelota no entra por azar, 2009), Ferran Soriano, vice-presidente econômico do Barcelona entre 2003 e 2008, mostra que é preciso planejar muito para ter sucesso. Em qualquer coisa. E também no futebol.

O livro começa meio lento. Soriano nem sempre fala sobre o que interessa - a transformação vivida pelo time do Barcelona de 2003 - quando corria risco de deixar de ser um dos maiores clubes da Espanha e da Europa - até 2008 - quando se consolidava como gigante mundial.

As vezes, o autor gasta muito tempo com explicações demais sobre planejamento e gestão, fora do futebol. O que não tira o mérito de suas análises.


Primeiro, ele desmistifica a ideia de que só o futebol é um universo único e diferente de todos os outros. Ora, todos o são. E é preciso estudá-los a fundo, para se chegar ao que se deseja.

Daí, ele analisa como funciona a formação de conceitos como gestão de equipes, liderança, negociação, as estratégias, e um dos capítulos mais interessantes sobre RH que já li na minha vida.

Nessa parte do livro, ele aponta que é preciso estabelecer critérios para se trabalhar com jogadores - e que as vezes saem até da esfera do clube, como capacidade de adaptação à nova cidade. Não por acaso, foi o que impediu o sucesso de Riquelme, meia cerebral do Boca Juniors, no Barcelona.

Mais interessante ainda é a parte do livro em que ele fala sobre remunerações fixas e variáveis. No futebol, isso é comum, com as chamadas premiações. Soriano aponta como é importante haver critérios que nos permitam conferir a tal profissional o seu valor extra por rendimento.

Ele propõe dois terços de fixo, mais um terço de variável. Mas isso se adequa a cada realidade.


O mais importante é que ele vai a frente em algo tão corriqueiro em nossos dias. A proatividade faz com que os profissionais queiram render mais, e se isso trouxer mais lucro à empresa, precisam ser melhor remunerados. Não de maneira fixa, mas variável.

Algo que muitas grandes empresas, principalmente no Brasil, ainda não fazem.

Leia o livro. E depois aproveite para comentar aqui. Logo depois do bip.

Bip. 

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